terça-feira, 16 de abril de 2019

Furar a orelha em casa

Sempre tive vontade de fazer um terceiro furo no lóbulo da orelha. Fui enrolando e deixando isso de lado. Depois que fiz o piercing na cartilagem, nunca mais quis saber de furos na orelha. Pense em algo que doía demais! Inchava e ficava vermelho, chegando a empurrar a tarraxa do brinco. Muito bem, fiz umas transformações em um brinco solitário já que perdi o par dele e resolvi enfiar um brinco lá. Inchou, claro. Resolvi colocar gelo e lá veio a ideia fantástica: e se eu fizer como as vovós e furar com a orelha congelada? Não é que deu certo?
Só que eu não sou uma pessoa muito normal, né? Daí, fiquei fuçando e inventando. Que deu? Inflamou. Eis que resolvi colocar gelo porque percebi que ajudou a aliviar o incômodo. Mas, como manter o gelo no lugar? A gente sempre dá um jeito. Peguei uma toalha de secar cabelo, daquelas que as crias dão para gente em dia das mães, que a escola faz eles desenharem, coloquei o gelo dentro. Ainda ficava instável. Peguei um cachecol e enrolei. Eis que Kylo Ren resolveu bater na porta do quarto. Tentei ficar blasé. Consegui? Claro que não. Fingi que nada estava errado.
Ele ria e ria e ria e ria dizendo que eu parecia estar com burka, que sabia como fazer uma burka refrigerada e me comparou com o professor de turbante do primeiro filme de Harry Potter. Foi expulso do quarto por bullying. Hoje, de novo, fiz uma gambiarra para manter o gelo próximo da orelha. Ele riu. Desta vez, eu parecia uma pintura renascentista, mas nada vai barrar a imagem de ontem.
Definitivamente, eu sou uma mãe muito mole!

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